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Sobre o Curso

PROFAGROEC

O público-alvo do PROFAGROEC é todo profissional que atua ou pretende atuar em Agroecologia. Como a Agroecologia é uma ciência transversal, ou interdisciplinar, o Programa está disponível a profissionais de diversas áreas de conhecimento, oportunizando o relacionamento produtivo entre profissionais com ampla experiência técnica e profissionais recém-formados, comprometidos com a produção agroecológica familiar e com o desenvolvimento regional sustentável. O programa permite o exercício da pesquisa participativa e da troca de saberes, que pressupõe relacionamento íntimo e dinâmico com os agricultores e suas famílias.

OBJETIVOS:

  • Formar e qualificar profissionais para atender a demanda crescente da agropecuária em base ecológica, no que se refere à assistência técnica, geração e validação de tecnologias, ao ensino e à capacitação dos atores envolvidos com o modelo mencionado;
  • Atender demandas pontuais de pesquisas no contexto da produção agroecológica familiar;
  • Estimular a produção e divulgação de conhecimentos científicos em Agroecologia e sua relação com outras áreas científicas, qualificando os alunos para a atuação profissional;
  • Transferir conhecimento para a sociedade, atendendo demandas específicas e de arranjos produtivos com vistas ao desenvolvimento nacional, regional ou local;
  • Exercitar a pesquisa participativa com enfoque sistêmico e natureza transversal para construção de conhecimento a partir dos atores envolvidos nesse processo (técnicos, estudantes, agricultores familiares);
  • Aumentar o conhecimento sobre a natureza, o funcionamento e os indicadores de qualidade e de sustentabilidade dos agroecosistemas;
  • Apoiar e potencializar a Rede Paranaense de Pesquisa em Agroecologia.

MISSÃO

Treinar profissionais que atuarão junto à comunidade que constrói a agroecologia nacional e internacional; levar os conhecimentos adquiridos com assistência técnica especializada de qualidade em agroecologia e educação ambiental à comunidade nacional.

VISÃO

Estabelecer-se como centro de referência em agricultura de base ecológica, nacional e internacionalmente.

HISTÓRICO DO CURSO

A proposta de criação do Mestrado Profissional em Agroecologia da Universidade Estadual de Maringá (UEM) começou a ser discutida e construída no ambiente do Grupo de Agroecologia de Maringá (GAAMA), a partir de 1998, e ganhou amplitude com a criação do Núcleo de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável (NADS) em 2004. Também, contribuíram de forma significativa para o estabelecimento da proposta, a criação e oferta da disciplina de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável no Programa de Pós-Graduação em Agronomia (PGA) e a introdução da disciplina de Agroecologia e Sustentabilidade no currículo do curso de Graduação em Agronomia, em 2010. Um marco importante, neste período, foi a criação do Setor de Agroecologia/Agricultura Orgânica na Fazenda Experimental da UEM, destinado à pesquisa e ao ensino em Agroecologia e Agricultura Orgânica. Trata-se de uma área de aproximadamente 10 hectares, certificada pelo Instituto de Biodinâmica (IBD) entre 2004 e 2011 e, atualmente, certificada pela ECOCERT.

Dentre outros fatores que foram determinantes para reforçar a necessidade premente de um Programa de Mestrado Profissional em Agroecologia, podem ser citados: a criação do Projeto “Parceiros Orgânicos do Noroeste do Paraná”, do qual participaram a UEM/NADS, o EMATER/PR, o SEBRAE, Prefeituras Municipais da região norte e noroeste do Estado, Associações de Agricultores Orgânicos e ONGs e, também, a criação do Programa "Paraná Agroecológico".

Em 2012 foi instituída no Brasil a Política Nacional de Agroecologia e Agricultura Orgânica (PNAPO) (Lei 7.794/2012). Destaque-se, nesse particular, que são instrumentos da PNAPO (Art. 4º):

  1. Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica - PLANAPO;
  2. crédito rural e demais mecanismos de financiamento; 
  3. seguro agrícola e de renda;
  4. preços agrícolas e extrativistas, incluídos mecanismos de regulação e compensação de preços nas aquisições ou subvenções;
  5. compras governamentais;
  6. medidas fiscais e tributárias;
  7. pesquisa e inovação científica e tecnológica;
  8. assistência técnica e extensão rural;
  9. formação profissional e educação;
  10. mecanismos de controle da transição agroecológica, da produção orgânica e de base agroecológica;
  11. sistemas de monitoramento e avaliação da produção orgânica e de base agroecológica.

Destaque-se aqui para as ênfases em formação profissional e educação, pesquisa e inovação científica e tecnológica, assistência técnica e extensão rural, dentre outros.